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Bahia: Sobe para 30 o número de casos de doença que deixa ‘urina preta’

G1 – O número de casos de Haff, também conhecida como “doença da urina preta”, subiu para 30 na Bahia. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), esse dado corresponde a notificações feitas até o dia 27 de novembro. Outros cinco estão em investigação.

Outros casos da doença já tinham sido registrados no estado baiano em 2016 e 2017. No entanto, eles voltaram a ser registrados no mês de agosto, ainda segundo a Sesab. Depois disso, novos casos foram sendo comunicados e até o dia 13 do último mês, eram 13 casos confirmados.

A secretaria detalhou que além dos 30 casos já confirmados e dos cinco que estão em investigação, um outro paciente, que também apresentou sintomas característicos da doença teve diagnóstico descartado. Os sintomas não foram divulgados.

A contaminação pela doença está ligada ao consumo de pescado. Em novembro, o G1 conversou com um especialista, o biólogo e diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Franciso Kelmo, que disse que ainda não há elementos que descrevam a toxina desses animais.

Dos 30 casos registrados até agora, 53% ocorrências foram em homens e 47% em mulheres. A faixa etária com maior percentual de contaminação vai de 20 a 59 anos: 83,34%. Salvador e Camaçari foram as cidades com maiores infecções.

O que é da Doença de Haff?
A Doença de Haff é uma síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados.

É uma doença que pode evoluir rapidamente para insuficiência renal, levando à morte caso não seja tratada. Os primeiros registros da doença eram associados a ingestão de peixes de água doce.

No entanto, os casos mais recentes apareceram casos após o consumo de dois tipos de peixe de água do mar: o badejo e o olho de boi. Os primeiros casos de doença de Haff foram descritos pela primeira vez em 1924, na Rússia e na Suécia.

Orientações gerais para população
Aos primeiros sintomas, busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença.

Orientações gerais aos profissionais de saúde
Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas;
Evitar o uso de anti-inflamatórios;
Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal.

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