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Bahia tem 62 casos e três mortes de crianças com síndrome associada à covid-19

Correio – Você acha mesmo que a covid-19 só ‘afeta’ os idosos? A Bahia já registra 62 casos e três mortes de crianças de até nove anos com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SMIP), doença associada à infecção por covid-19.

Esses dados correspondem ao divulgado nesta quinta-feira (18), no boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e registrados até a última terça-feira (23).

Os três óbitos na Bahia aconteceram em 2020. O primeiro foi no registrado no dia 26 de agosto, de um menino de nove anos que morava em Salvador. Na época, o estado já tinha registrado 14 casos da doença, que começava a ser notificada em todo o país. Desde então, mês a mês, os números foram crescendo, numa média de 8 novos casos por mês.

Em setembro, no dia 17, morreu a segunda criança no estado pela síndrome, um menino de um ano que residia em Maracás, no centro-sul baiano. Dois meses depois, em 20 de novembro, quando a Bahia já tinha 40 casos da síndrome, o terceiro óbito foi registrado, o de uma menina de sete anos que vivia em Camacan, no sul da Bahia. Essas informações são da coordenadora de imunização da Sesab, Vânia Vandenbroucke.

Dos 62 casos registrados na Bahia, 35 ocorreram em pacientes do sexo masculino, o que equivale a 56% dos doentes, a ligeira maioria. Em relação a faixa etária, as crianças com idade que variam entre cinco e nove anos foram as mais cometidas pela doença. No total, foram 25 casos, o que representando 40%. Logo depois veio os pequenos de zero a quatro anos, com 21 casos (34%), os de 10 a 14 anos, com 14 casos (23%), e, por fim, os de 15 a 19 anos, com apenas dois casos (3%).

Doença
Segundo as autoridades de saúde, a síndrome é uma doença multissistêmica e que pode apresentar diversos sinais e sintomas, como febre persistente acompanhada de sintomas gastrointestinais, dor abdominal, conjuntivite, pressão baixa, dentre outros. Seu surgimento acontece durante ou depois de uma infecção pela covid-19 em crianças.

“É uma doença causada por uma inflamação intensa do organismo. Ela é parecida com a doença de kawasaki, compartilham a mesma manifestação clíncia e forma de tratamento, mas tem algumas diferenças. A SMIP tem possibilidade maior de casos graves e é ligada a infecção pelo coronavírus. A criança pode precisar ser internada num leito UTI, que oferece um suporte melhor para lidar com todos os sintomas”, diz a infectopediatra Maria Claudia Luz, que faz parte da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).
Ainda segundo Maria Claudia, em média, 40% das crianças que são contaminadas por essa doença apresentam um quadro grave e precisam ir pro leito de UTI pediátrico. Atualmente, segundo o painel epidemiológico da Sesab, a Bahia possui 36 leitos do tipo espalhados nos hospitais Martagão Gesteira, Instituto Couto Maia, Municipal de Salvador, Estadual da Criança em Feira de Santana, Manoel Novaes em Itabuna e o Geral de Vitória da Conquista. Desses, 22 leitos estavam ocupados até as 20h dessa quarta-feira (24), o que representa uma taxa de ocupação de 61%.

Não são todas as crianças infectadas pela covid-19 que desenvolvem a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. “Na verdade, é uma doença rara e uma minoria que tem. No mundo, a cada 5 mil crianças infectadas, uma desenvolve”, explica a infectopediatra. Os adultos também podem ser acometidos pela doença, mas isso é mais raro ainda, segundo a médica. O foco das autoridades de saúde são, por tanto, todas as crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Não há predisposição para desenvolver a síndrome.

Leia aqui a matéria completa do Correio

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