Bahia

Rui Costa chora ao falar de medidas restritivas: ‘O que é mais importante, 48h de loja funcionando ou a vida?’

G1 – O governador da Bahia, Rui Costa, se emocionou ao falar da prorrogação das medidas restritivas no estado, nesta segunda-feira (1º). Ele também questionou a população sobre o descumprimento das medidas implantadas para tentar impedir o aumento dos casos e mortes de Covid-19 no estado.

Neste domingo (28), as restrições (que começaram na sexta-feira) foram prorrogadas por mais 48 horas, até as 5h de quarta-feira (3). Somente serviços essenciais podem funcionar (veja o que pode e o que não pode ao final desta reportagem).

A Bahia tem 84% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de acordo com dados da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde.

“Eu espero que esse sufoco desses dias sirva para alertar aquelas pessoas que têm saído na rua sem máscara, que têm ido para festas e aglomeração. Eu quero que elas pensem. Se elas são evangélicas, católicas, espíritas, que pensem no exercício da nossa espiritualidade, da nossa fé, não pode ficar apenas na retórica”, disse Rui Costa.

“Nós temos que nos perguntar: ‘Quantas vidas humanas essa bebedeira vale?’. ‘Por quantas vidas humanas eu vou ser responsável, por ir para balada e festas em Teixeira [de Freitas], em Prado ou Eunápolis?’. ‘Quantas vidas humanas serão necessárias para justificar o meu comportamento?’. ‘Ah, eu tenho meu direito individual de ficar bêbado, de encher os bares, de ir para paredão no meio da rua’”, continuou.

O governador questionou ainda se direitos individuais estão acima do bem estar coletivo, de uma doença que ele mesmo caracterizou como coletiva.

“Seu direito individual é superior à dor de mães e pais que estão perdendo seus filhos? Acabei de ver agora há pouco um pai chorando, desesperado, porque perdeu a filha de 16 anos para a Covid-19″.

“Não é fácil. É duro receber mensagens de pessoas que perguntam assim: ‘E o meu negócio? E a minha loja?’. O que é mais importante: 48 horas de uma loja funcionando, ou a vida? Desculpe, eu não consigo falar”.

Ainda segundo Rui Costa, a adoção de medidas restritivas foi necessária porque este é o pior momento da pandemia desde março do ano passado.

“A emoção, de fato… Não é fácil e não gostaríamos de estar tomando decisões como essas. Gostaria sim, que todas as pessoas estivessem usando máscaras, mesmo aquelas que se consideram super homens, se consideram jovens. Se não for por eles, pelo menos que seja pelas mães, pelo pai, pela avó. Eu fico me perguntando se as pessoas sozinhas decretaram o fim da pandemia”.

Ele disse também que espera que essa prorrogação de 48 horas seja necessária para conter momentaneamente o avanço da pandemia, e que sente “inveja” de países onde as pessoas estão seguindo as medidas coletivas de proteção, como a China.

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Um Comentário

  1. Daí ele acha que tirando o emprego das pessoas,vai acabar com a pandemia? Tem que ter fiscalização pra que as pessoas se sintam seguras,não acoadas sem poderem viver direito. Passar clareza mas informações e não matar todo mundo de medo,pois tudo o que ele faz,está errado! Não concordo de ter esses tipos de restrições,pois aqui em Paulo Afonso,até quem está na linha de frente no hospital,não está com essa preocupação toda,fui lá no Nair Alves de Souza e vi muitos funcionários pra lá e pra cá sem máscara e sem outros Epis de segurança,também não vi esse “terror” que estão espalhando por aqui. Traduzindo,deixa o povo trabalhar,deixa o povo viver,pois morrer de fome é bem pior do que ficar se assombrando com mentiras inventadas por esses corruptos que governam esse Estado.

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