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Bahia amanhece com mais de 400 pessoas à espera de UTI: ‘Rolo compressor’, diz subsecretária

G1 – A Bahia amanheceu nesta quinta-feira (18) com 435 pessoas que esperavam por regulação para leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) com Covid-19, segundo informações da subsecretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim. A situação foi denominada por ela como um “rolo compressor”.

“Hoje amanhecemos com 435 pessoas na fila. É um rolo compressor, a gente fala que estamos enxugando gelo, porque é muita gente procurando serviço de saúde e eles estão corretos, precisam buscar. Quanto mais precoce a gente conseguir cuidar dessas pessoas melhor, mas o número de leitos, por mais que estejamos abrindo mais leitos, já chegamos a mais de 3.200 leitos entre UTIs e clínicos, mais de três mil leitos de UTI, fora os 36 leitos de UTI pediátrico. Está difícil, momento muito crítico”, disse a subsecretária.

De acordo com Tereza Paim, os pacientes esperavam entre 12 e 18 horas por regulação na primeira onda. Agora, a espera triplicou, e tem pacientes que aguardam entre 36 e 48 horas por atendimento.

“Na 1ª onda, eles esperavam mais ou menos 12 horas, no máximo 18 e todos estavam acomodados nos leitos específicos. Hoje a gente ultrapassa 36, 48 horas muitas vezes”.

A subsecretária de Saúde da Bahia afirma que muitos dos médicos e enfermeiros que trabalham diretamente no enfrentamento à Covid-19 estão cansados, mas conseguem se manter diante do grande desafio de salvar vidas.

“As pessoas estão a um ano associado a isso. Deixamos ainda Unidades de Terapia Intensiva não covid, são especialistas de UTI intensivistas, terapeutas intensivistas, estão realmente todos exaustos, mas eles estão conseguindo se manter”, disse Tereza Paim.

Tereza Paim acredita que a vacinação dos profissionais da saúde tem ajudado a manter os leitos funcionando, já que o número de médicos infectados está em queda.

“Hoje a grande oportunidade que a gente tem é de que depois da vacinação desses trabalhadores de saúde de enfrentamento a Covid-19, eles têm adoecidos menos, então a ausência deles no trabalho por doença especificamente Covid-19 diminui acintosamente”.

Outra preocupação da subsecretária é a contratação de novos funcionários. Ela afirma que o governo tem procurado especialistas na doença, apesar de entender que a Covid-19 é uma patologia nova.

“Acho que esse é um grande fator de melhoria e manutenção dos nossos leitos. A gente continua em busca desses profissionais da enfermagem habilitada, da informática habilitada, todos esses são profissionais mais raros e eles estão tendo que se inteirar do processo, habilitar no processo em tempo real, porque a Covid-19 é uma novidade, é uma patologia nova”, contou.

Tereza Paim revelou que alguns baianos têm morrido na espera de regulação para leitos Covid-19.

“A gente não sabe quantas pessoas morrem [em um dia], mas sim, algumas pessoas já procuram, claro que por desconhecimento, mais tarde o serviço de saúde, muitas vezes chegam em franca insuficiência respiratória e eles não conseguem aguardar esse momento de acolhimento ou no próprio pronto atendimento ou na intra-hospitalar”, explicou.

Ainda de acordo com Tereza, o número cresceu na 2ª onda, mas não há uma forma de precisar quando os óbitos acontecem, já que existem processos até as mortes serem cadastradas no sistema da Sesab.

“Nós tínhamos na primeira onda uma média de seis pessoas no mês inteiro incluindo os pacientes cardiopatas, pacientes que chegavam em pré-óbito ou grandes traumas, mas a gente tem verificado, não tenho como precisar, mas a gente teve nos últimos dias, em um único dia, 24 óbitos, então certamente algum deles estavam incluídos como Covid-19”, concluiu.

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