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Região: “Colocou o dedo na minha cara, me chamou de otária e empurrou”, disse investigadora sobre confusão na delegacia

Correio – Uma investigadora da Polícia Civil denunciou uma situação de desacato, abuso de autoridade e agressão física e moral na 9ª Coordenadoria de Polícia do Interior de Jequié (Coorpin), a 370 km de Salvador. O caso aconteceu no sábado (24), durante o plantão de São João, mas só veio a público nesta terça-feira (27).

Em um vídeo divulgado na rede social do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SindPoc), a investigadora Daniela Viana contou ter sido empurrada diversas vezes e xingada pela presidente da Associação Casa das Mulheres, Elma Brito, que se recusou a sair da delegacia, quando a servidora pública pediu.

Ainda segundo Daniela, tudo começou quando uma guarnição da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Central chegou na Coorpin com um homem detido em flagrante. Em seguida, Elma entrou no local, junto com outra mulher, afirmando conhecer o rapaz.

Depois que a guarnição explicou o motivo do homem ter sido detido, ela pediu para que as mulheres saíssem da Coorpin para “averiguar o que seria feito”, mas Elma teria se recusado a sair, além de ter empurrado e xingado a investigadora.
“Ela virou e disse que estava saindo porque queria, não porque eu estava pedindo, e eu disse: ‘não, você vai sair porque você não é policial civil, não tem autoridade nenhuma para estar aqui’. Ela colocou o dedo na minha cara, me chamou de otária, empurrou”, contou a investigadora.

A investigadora também disse não ter recebido apoio das chefes do posto policial e que os colegas foram proibidos de registrar o boletim de ocorrência dela. Por isso, ela contou ter feito seu próprio boletim.

Outro lado
Elma Brito nega as acusações da investigadora e afirma ter sido empurrada primeiro. Segundo ela, Daniela a pediu para sair do posto policial com um empurrão. Ela então respondeu a investigadora, dizendo que a ação foi agressiva e as duas começaram a discutir.

“Totalmente fora do contexto que aconteceu. Na hora de sair, ela me empurrou e disse: ‘saia’. Quando ela me empurrou eu pedi que ela me respeitasse e que ela não poderia fazer aquilo, porque ela estava abusando da autoridade que tem. Ela vai ter que provar todas as calunias”, disse Elma.

Ela ainda contou que entrou na delegacia para saber o motivo de o rapaz, que é conhecido dela, ter sido levado para o local pelos policiais. Além disso, que a atitude da investigadora pode ter sido motivada por ela ser uma defensora das mulheres vítimas de abuso e os agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jequié, verem o trabalho dela com maus olhos.

“Todo esse corpo da Deam, inclusive Daniel, que é de lá, não aceita esse combate de enfrentamento a violência contra a mulher que a gente faz dentro da delegacia. Existe um problema pessoal”, afirmou Elma.

A reportagem entrou em contato com a investigadora, que aceitou dar entrevista, mas não retornou até a publicação desta matéria.

As duas afirmam ter registrado um boletim de ocorrência. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil PC-Ba para saber mais detalhes sobre a investigação do caso, mas ainda não teve retorno. A Polícia Militar (PM-Ba) também foi procurada e está tentando localizar o registro das ocorrências.

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